A
Coisa de Coisar ou o Negócio de Negoçar
Minha mãe tinha poucos verbos, não sabia
conjugar, nem usar os tempos verbais, era mãe pé-duro, prática, não teórica, a
natureza dela era do trabalho de sustentação do meu pai, dos quatro “filhos
homens” (morreu uma menininha lá por 1944), da casa. Não tinha tratos sociais,
era direta e sem tergiversação no amar os seus, não aprendeu as tecnartes
evoluídas contemporâneas de rodear o assunto – ia direto, por vezes muito
direto.
Eu amava aquela mãe e amo ainda, e amo ainda.
Se havia insinuação de que era analfabeta ela
dizia com firmeza ter chegado ao antigo quinto ano, lia jornal todo dia, mas
nunca a vi ler um livro, porisso não tinha adquirido os controles sociais em
sua mente tão livre quanto é possível a um citadino do interior do ES, interior
do Brasil, interior do mundo.
Era mãe “em bruto”, grande diamante sem
burilamento.
Na falta dos verbos, dos adjetivos, dos
substantivos ela se virava como podia, dizia “coisa de coisar” ou “negócio de negoçar”.
Entendíamos perfeitamente e pela vida toda usei o mesmo artifício, inclusive
com meus filhos, daí contava a história, de modo a terem chance de amar o avô
que não conheceram e a avó, com que conviveram, a Clara teve (de 1984 a 2003)
19 anos de contatos, e Gabriel de 1986 à mesma data de falecimento, 17 anos, eu
tive 49 anos com ela, 24 anos com ele, durante os quais prestei MUITA atenção a
ambos, com as brigas e tudo, e aproveitei ao máximo.
A quantos é dado ter um e uma assim? E tão carne
viva, psicologia viva, fonte direta sem escovações do coletivo? Sem
polimentos idiotas! Sem recusas. Direto da alma, sem passar por filtros?
Ah, olhei mesmo, quase despudoradamente, olhava
pelos cantos dos olhos para não ofender.
Se queria o liquidificador e não lembrava o
nome, não se martirizava, não se acabrunhava, dizia “a coisa de coisar”, o
triturador de liquefazer.
Nós entendíamos e atendíamos perfeitamente.
Ah, as pessoas não sabem olhar a vida,
prestar atenção.
Vitória, quarta-feira, 13 de julho de 2016.
GAVA.
Ó
TEMPOS, Ó MAIORAIS (a pureza é difícil de atingir em tudo)
Só
Português
Tempos
Verbais
Tomando-se
como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode
ocorrer em diversos tempos. Veja:
1.
Tempos do Indicativo
Presente - Expressa um fato atual.
Por
exemplo:
Eu estudo neste colégio.
Pretérito
Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado.
Por
exemplo:
Ele estudava as lições quando
foi interrompido.
Pretérito
Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por
exemplo:
Ele estudou as lições ontem à
noite.
Pretérito
Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Por
exemplo:
Tenho estudado muito para os exames.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito
- Expressa um fato ocorrido antes de
outro fato já terminado.
Por
exemplo:
Ele já tinha estudado as
lições quando os amigos chegaram. (Forma composta)
Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (Forma simples)
Futuro do
Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por
exemplo:
Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do
Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro
fato futuro.
Por
exemplo:
Antes de bater o sinal, os alunos já terão
terminado o teste.
Futuro do
Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado.
Por
exemplo:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria
nas férias.
Futuro do
Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter
ocorrido posteriormente a um determinado fato passado.
Por
exemplo:
Se eu
tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.
|
CONJUG/AÇÃO DOS
VERBOS
(com-jugo: uma das grandes tarefas da psicologia-p.3 é o domínio pleno da
língua)
Conjugação.com.br
Verbo conjugar
Gerúndio: conjugando
Particípio passado: conjugado Infinitivo: conjugar
Morfologia: verbo regular
Semântica: verbo transitivo e reflexivo Separação silábica: con-ju-gar
Indicativo
Presente eu conjugo
tu conjugas ele conjuga nós conjugamos vós conjugais eles conjugam
Pretérito Imperfeito eu conjugava
tu conjugavas ele conjugava nós conjugávamos vós conjugáveis eles conjugavam
Pretérito Perfeito eu conjuguei
tu conjugaste ele conjugou nós conjugamos vós conjugastes eles conjugaram
Pretérito Mais-que-perfeito eu conjugara
tu conjugaras ele conjugara nós conjugáramos vós conjugáreis eles conjugaram
Futuro do Presente eu conjugarei
tu conjugarás ele conjugará nós conjugaremos vós conjugareis eles conjugarão
Futuro do Pretérito eu conjugaria
tu conjugarias ele conjugaria nós conjugaríamos vós conjugaríeis eles conjugariam
Subjuntivo
Presente que eu conjugue
que tu conjugues que ele conjugue que nós conjuguemos que vós conjugueis que eles conjuguem
Pretérito Imperfeito se eu conjugasse
se tu conjugasses se ele conjugasse se nós conjugássemos se vós conjugásseis se eles conjugassem
Futuro quando eu conjugar
quando tu conjugares quando ele conjugar quando nós conjugarmos quando vós conjugardes quando eles conjugarem
Imperativo
Imperativo Afirmativo --
conjuga tu conjugue ele conjuguemos nós conjugai vós conjuguem eles
Imperativo Negativo --
não conjugues tu não conjugue ele não conjuguemos nós não conjugueis vós não conjuguem eles
Infinitivo
Infinitivo Pessoal por conjugar eu
por conjugares tu por conjugar ele por conjugarmos nós por conjugardes vós por conjugarem eles |
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