quinta-feira, 23 de junho de 2016


Carro-Livro Nacional

 

Como se pode ler nestas condições?

As pessoas quase todas têm certeza de que o povo brasileiro não gosta de ler, mas quem pegaria serviço difícil para fazer se nada recebesse em troca?

Quem lê, por que lê?

Quem lê muito, muito lê por que?

A presidência da república tem de responde às perguntas. É claro, pelas recompensas de saber e apenas já tendo outro modo de sobreviver; ler por prazer, só quando há ócio, o lazer do rico e médio-alto, ou sobrecarregando o horário comum de trabalho ou por obrigação.

Leia Os Fascistas Investem para pegar a base no trabalho.

Como já disse, mesmo os que trabalham as 2.107 horas protocolares constitucionais (quase todos tentam escapar de um jeito ou de outro no Brasil) têm muitas horas de folga durante o ano (tanto assim que as empregam diante do TV, nos bares, em festas e tudo isso até a náusea), ainda que andando de ônibus duas conduções de ida e duas de volta.

O motivo não é a falta de tempo, é a falta de interesse pela ausência de recompensa, porque os livros jamais prometem melhorar quem lê, as pessoas presumem isso e os professores, presumindo, afirmam aos alunos em nome da cultura, da evolução e todas essas patacoadas.

DOIS TIPOS DE LIVROS

OS DIDÁTICOS.
OS DEMAIS.
Prometem a conclusão do curso e ganho mais fácil do dinheiro de sustentação, inclusive os de atualização dos profissionais, digamos, os médicos e dentistas.
Alguns prometem “uma hora de boa diversão”, “o prazer da leitura” (se ela é difícil, como haveria prazer?) e muitas asneiras desse tipo – uns poucos são criativos na idiotice.
São abandonados, ficam nas estantes ou vão para os sebos.
Pouquíssimos compram e menos ainda leem.

AS DIFICULDADES DE LEITURA (já estudei isso alhures, mas noutra dimensão)

1.       O letramento (não é apenas aprender as formas-desenhos das letras, mas juntá-las em fonemas da fala);

2.       O sentido das palavras-vocábulos (“saber significado” equivale a pelo menos poder encaixar DUAS PALAVRAS formando sentido lógico de vida, quer dizer, que tem utilidade na vida – ter capacidade de juntar duas palavras da língua chinesa que tivessem significado na China, mas não no Brasil onde se está, de nada adiantaria, seria considerado esquisitice; por outro lado, juntá-las no português de 1150 seria abestado, não serviria ao momento – por conseguinte, língua tem espaço e tempo);

3.      A enorme carga de palavras a memorizar (o conjunto coligado de letras e os sentidos):

·         Superinteressante
Qual é o idioma com mais vocábulos?
Tudo leva a crer que seja a língua inglesa, com um número total de palavras estimado entre 500 mil e 1,2 milhão. "Mas não dá para ter certeza, pois as estatísticas que temos levam em conta apenas uma minoria de línguas. Além disso, a contagem do léxico é muito difícil de ser feita. Um exemplo é o alemão, rico em palavras compostas que costumam ser contadas como um único termo", afirma o linguista Bruno Dallari, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. Uma das explicações para o inglês ser o campeão está no número de países que falam a língua (45 nações, somando 322 milhões de habitantes) e na imensa profusão de dialetos. O linguista Deonisio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), concorda que é impossível saber ao certo quantas palavras tem cada idioma. "Os dicionários registram palavras fora de uso e deixam de mencionar muitos novos vocábulos", diz Deonisio.
Segundo ele, o português - falado na América, na Europa, na Ásia e na África por cerca de 220 milhões de pessoas - poderia facilmente ser incluído entre as línguas mais numerosas, com mais de 400 000 vocábulos.
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4.      Temos coisa de 6,5 mil profissões, há que pronunciar-se dentro de uma delas;

5.      A necessidade de adequação a Conhecimentos altos (Magia, Teologia, Filosofia, Ciência) e baixos (Arte, Religião, Ideologia, Ciência) e Matemática; por exemplo, as tecnartes são 22 e os livros de Filosofia geral podem ser milhares, com relevantes nuances;

6.      Há o APURO (chamado especialização);

7.      E assim por diante (ninguém estudou o assunto a fundo, nem eu).

Em resumo, LER NÃO É FÁCIL, nunca foi, porisso os literatos são tão valorizados, por exemplo, escritores, os que sabem ler a ponto de saber escrever as razões-emoções das pessoambientes.

Cada livro (dos - dizem o Google Livros e o Projeto Gutenberg - 150 milhões de diferentes que existem) DEVERIA LISTAR EXPLICITAMENTE AS RECOMPENSAS obteníveis ao final da leitura atenta. Quando vou comprar uma bicicleta, sei para que ela serve e o vendedor até pode falar das 27 marchas, do aro 29, da carcaça de alumínio, dos freios a disco e tudo mais da marca para valorizá-la a ponto de eu pagar 10 vezes 320. Quando vou comprar um livro, não sei para que serve. A partir dele mesmo eu não teria a mínima ideia.

PARA QUE SERVEM ESTES LIVROS? (Supõem que ao comprar eu já saiba – é uma civilização muito cruel). Não é zombaria, não é ironia.

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Posto isso, se conseguirmos colocar EXPLICITAMENTE nos livros suas utilidades ficará mais fácil a leitura pelo povo. Além do que, deveríamos fazer em PAL/I (palavra-imagem) as tais edições que venho pedindo há tanto tempo. Daí para frente seria possível soltar dentro da nação dezenas de milhares de Kombi-vãs com milhões de exemplares, sabendo que o povo teria real prazer em estudar.

Vitória, quinta-feira, 23 de junho de 2016.

GAVA.

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