domingo, 26 de junho de 2016


De Taxi

 

Desintaxicando.

A gente vê táxis novíssimos nas ruas, mesmos sabendo que os motoristas por si mesmos, em termos de renda familiar, não teriam condições de adquirir automóveis de 60, 70, 80 mil.

VAMOS COLOCAR 50 MIL PARA DAR CONTAS COM ZEROS (renúncia fiscal não-autorizada em plebiscito – se fosse realizado referendo eles fariam tanta propaganda que enganariam o povo)

Folha do Motorista
Para a compra do veículo 0 km o taxista possui descontos em impostos. Somando a isenção de 12% do ICMS e 18% do IPI, chega-se a um desconto total de 30%. O percentual de desconto pode variar de acordo com o modelo do automóvel escolhido, e é válido apenas se a compra for realizada diretamente nas concessionárias.
IMPOSTO
PERCENTUAL
EM 50 MIL
IPI
18 %
9,0
ICMS
12 % (no ES são 17 %)
6,0
IPTU
2 % (em alguns estados são 4 %)
1,0
IOF
-----
---
TOTAL
32
16,0

O seguro, que é de 5 %/ano, eles não podem pleitear, é particular.

O povo paga a mais esses 16,0 e do outro lado os taxistas não pagam, para prover serviço excelente (trocam de carro todo ano, estão sempre novos – como a depreciação é de 15 % ou 7,5 mil em 50,0 mil, 32 % de 7,5 mil = 2,4 mil por ano de custo adicional vezes VÁRIAS DEZENAS DE MILHARES DE CARROS NO BRASIL; a cidade de são Paulo, 11 % do PIB brasileiro e 35 % do PIB paulista, tem 34 mil táxis, se for proporcional o país terá mais de 300 mil) aos poucos que podem pagar. Os táxis não podem furar pneu, nem dar pane no motor, nem atrasar as viagens dos poderosos. Enquanto isso os demais brasileiros pagam para os poucos usufruírem.

A quem os táxis beneficiam?

Aos miseráveis e pobres não é. Os médios não pegam constantemente, só muito raramente filhos quando vão “às baladas”. Os beneficiados seriam os médio-altos e ricos, mas estes têm VÁRIOS carros, inclusive para os filhos (só pegam se saírem para beber). É mais para os políticos do Legislativo, governantes do Executivo e juízes do Judiciário (quando não estão usando os muitos e luxuosos carros oficiais às nossas custas) e familiares, principalmente os de Brasília com aquelas enormíssimas explanadas que não dá para atravessar a pé. 

E os empresários, claro.

Enfim, a patotinha.

E todos pagamos, embora a constituição diga que “todos são iguais perante a lei” – na porca fazenda brasileira uns são, como sempre, mais iguais que outros, os “de baixo”.

Vitória, domingo, 26 de junho de 2016.

GAVA.

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