Desestatização
Sob este signo não vencereis...
No livro dele, Privatize Já (Pare de
acreditar em intrigas eleitorais e entenda como a privatização fará do Brasil
um país melhor), São Paulo, LeYa, 2012, Rodrigo Constantino esposa em comunhão
total de nossos bens a tese unilateral da privatização desenfreada, inclusive
do corpo, a começar pelos rins (que, dispendiosos como são, os empresários
quando beberrões tem de pagar caro, além de maneirar na bebida – se fosse fácil
trocariam a todo instante).
O OUTRO LADO DA
VITÓRIA
(no mercado negro um rim sairia de 500 mil reais a metade disso, mas no caso de
privatização, sem controle do governo, a competição faria o preço baixar a US$
15 mil ou 50 mil reais, ou seja, 1/8 do valor mais alto, o que seria ótimo para
os capitalistas e seus familiares)
E se venda de órgãos fosse legalizada?
Por Redação Super
Maio de 2008
Texto Pedro Burgos e Bruno Garattoni
Se você algum dia precisar de um
transplante de órgão, pode começar a rezar: só no Brasil, existem mais de 69
mil pessoas na fila, que não para de crescer. Mas e se fosse permitido vender
órgãos, tirando um lucro da sua vovozinha que morreu - ou até, talvez,
colocar no mercado um dos seus próprios rins? “O incentivo financeiro
aumentaria a quantidade de transplantes e acabaria com as filas”, diz o
economista Gary Becker (que ganhou um Prêmio Nobel por sua análise do
comportamento humano), num estudo sobre comércio de órgãos.
E existem números que comprovam isso: o
Irã, que permite a venda de órgãos, é líder mundial em doações de rim (são 25
doadores por milhão de habitantes, contra 19 dos EUA e 6,2 do Brasil).
Mas o arrependimento seria alto: 79% dos
iranianos que venderam um de seus rins lamentam a decisão. Além disso, um
livre mercado de órgãos “poderia explorar os mais pobres e atrapalhar as
doações cadavéricas [provenientes de gente morta]”, acredita Valter Garcia,
da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Como resposta, os
defensores da ideia propõem a criação de regras para o comércio (veja ao
lado).
Mas, quem sabe, daqui a algumas décadas,
essa discussão sobre transplantes poderá ficar obsoleta com a chegada ao
mercado de órgãos artificiais. Já existem pesquisas com porcos geneticamente
modificados, que poderiam atuar como doadores de órgãos para seres humanos,
mas a maior esperança está na “programação” de células-tronco, a
matéria-prima de tudo no corpo humano. Quando você nascesse, o hospital
coletaria algumas dessas células – que poderiam ser manipuladas, décadas
depois, para se transformar em órgãos.
Quanto vale o show
Preços alcançados por alguns órgãos no
mercado negro; e o que aconteceria com a liberação
Fígado - Podem ser doados em vida
R$ 175 mil
É possível doar até metade, pois o órgão se
regenera. Mas, após a operação, você terá de maneirar na bebida.
Rim - Podem ser doados em vida
R$ 110 mil
Como dá para viver com apenas um rim e a
operação é segura, o mercado de doação iria bombar.
Medula óssea - Podem ser doados em vida
R$ 122 mil
Mina de ouro, pois dá para doar várias
vezes. Basta ter coragem para levar uma agulhada na bacia.
Córnea - Só podem ser doados por mortos
R$ 52 mil
Vale menos que os outros órgãos, mas também
dá um “caldo” – pois quase sempre pode ser aproveitada.
Coração - Só podem ser doados por mortos
R$ 226 mil
Cada vez mais jovens morrem no Brasil –
então provavelmente sobrariam corações para transplantes.
Pulmão - Só podem ser doados por mortos
R$ 261 mil
Com a queda no número de fumantes, há um
suprimento cada vez maior de pulmões fresquinhos.
Topa fazer negócio?
Veja como a coisa iria funcionar
Os preços mudariam?
Sim: cairiam muito. Gary Becker afirma que,
como seria mais fácil conseguir órgãos, o preço de um rim cairia para US$ 15
mil – quase 80% a menos do que os valores hoje praticados pelas máfias de órgãos
(veja no infográfico). No Irã, onde a venda é legal, um rim custa só R$ 6
mil. Mas existe o perigo de que os pobres vendam seus órgãos em situações
aviltantes – para sobreviver, pagar dívidas ou deixar uma herança.
Quem poderia vender?
O economista Julio Jorge Elias, co-autor do
estudo que defende o comércio, sugere regras. Antes de vender um rim, por
exemplo, o doador teria de passar por avaliações médicas e esperar dois
meses. E teria suas despesas médicas pagas pelo comprador. Mas a maioria das
doações continuaria vindo de gente morta – segundo estatísticas dos EUA, cada
cadáver doador rende em média 2,7 órgãos (contra 1 por doador vivo).
Quem iria controlar?
Alguém precisaria atuar como “bolsa de
órgãos”, coordenando oferta e demanda, juntando doadores e pacientes
compatíveis e barrando órgãos infectados. O Canadá já testa uma versão desse
sistema, mas sem dinheiro no meio. É um escambo: se você precisa de um rim e
arranja um doador, mas ele não é compatível com você, pode “trocar” o órgão
dessa pessoa pelo de outra.
E os ladrões de órgãos?
“O livre comércio inibiria o mercado
negro”, diz Becker. Afinal, por que correr riscos se dá para fazer tudo
dentro da lei? Mas continuariam a existir possibilidades perigosas. Regimes
totalitários poderiam confiscar órgãos de prisioneiros. E haveria questões
familiares. “Será que pessoas gananciosas matariam um parente para pegar os
órgãos?”, pergunta o economista Robert Stonebraker, da Universidade de
Winthrop (EUA).
Fonte Bloody Harvest - Revised Report Into
Allegations of Organ Harvesting of Falun Gong Practitioners in China, David
Matas e David Kilgour, Canadá, 2007.
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O
QUE DIZ O MODELO PIRÂMIDE
Esquerdismo.
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Esquerda.
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Centro.
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Direita.
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Direitismo.
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2,5 % e aderentes.
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Média sadia.
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2,5 % e aderentes.
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Doença mental.
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Doença mental.
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Estatismo, superafirmação do Estado.
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Privatismo, superafirmação do privado.
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Cada lado, quando quer, superafirma,
super-afirma só o seu lado, sem os contraexemplos. No caso, o Constantino só
fala do lado bom da privatização, o ato permanente de privatizar.
PRIVATIZADORES (a missão dos oito anos
do PSDB e dos 13 anos do PT: liquidação do Brasil em favor dos poderosos e dos
banqueiros)
FHCB ficou feliz em entregar o que não era
dele e os que receberam a preço de banana podre, mais ainda.
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Lularápio e Dilmaluca bombardearam o que
restou: PETROBRAS, CEF, BB e BNDES. Era a missão deles.
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É claro, Constantino fica esfuziante em
advogar a causa e vencer os ignorantes, os outros todos que não concordam e
também não podem contestar em seu livro.
Não li tanto assim, mas depois do Modelo
Pirâmide desconfio das abordagens unilaterais, sabendo que tudo é 50/50: NUNCA
li abordagem equilibrada que mostre as informações tanto de um lado quanto de
outro para podermos chegar a juízo fundamentado.
Vitória, terça-feira, 21 de junho de 2016.
GAVA.
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