terça-feira, 21 de junho de 2016


Desestatização

 

Sob este signo não vencereis...

No livro dele, Privatize Já (Pare de acreditar em intrigas eleitorais e entenda como a privatização fará do Brasil um país melhor), São Paulo, LeYa, 2012, Rodrigo Constantino esposa em comunhão total de nossos bens a tese unilateral da privatização desenfreada, inclusive do corpo, a começar pelos rins (que, dispendiosos como são, os empresários quando beberrões tem de pagar caro, além de maneirar na bebida – se fosse fácil trocariam a todo instante).

O OUTRO LADO DA VITÓRIA (no mercado negro um rim sairia de 500 mil reais a metade disso, mas no caso de privatização, sem controle do governo, a competição faria o preço baixar a US$ 15 mil ou 50 mil reais, ou seja, 1/8 do valor mais alto, o que seria ótimo para os capitalistas e seus familiares)

E se venda de órgãos fosse legalizada?
Por Redação Super
 
Maio de 2008
Texto Pedro Burgos e Bruno Garattoni
Se você algum dia precisar de um transplante de órgão, pode começar a rezar: só no Brasil, existem mais de 69 mil pessoas na fila, que não para de crescer. Mas e se fosse permitido vender órgãos, tirando um lucro da sua vovozinha que morreu - ou até, talvez, colocar no mercado um dos seus próprios rins? “O incentivo financeiro aumentaria a quantidade de transplantes e acabaria com as filas”, diz o economista Gary Becker (que ganhou um Prêmio Nobel por sua análise do comportamento humano), num estudo sobre comércio de órgãos.
E existem números que comprovam isso: o Irã, que permite a venda de órgãos, é líder mundial em doações de rim (são 25 doadores por milhão de habitantes, contra 19 dos EUA e 6,2 do Brasil).
Mas o arrependimento seria alto: 79% dos iranianos que venderam um de seus rins lamentam a decisão. Além disso, um livre mercado de órgãos “poderia explorar os mais pobres e atrapalhar as doações cadavéricas [provenientes de gente morta]”, acredita Valter Garcia, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Como resposta, os defensores da ideia propõem a criação de regras para o comércio (veja ao lado).
Mas, quem sabe, daqui a algumas décadas, essa discussão sobre transplantes poderá ficar obsoleta com a chegada ao mercado de órgãos artificiais. Já existem pesquisas com porcos geneticamente modificados, que poderiam atuar como doadores de órgãos para seres humanos, mas a maior esperança está na “programação” de células-tronco, a matéria-prima de tudo no corpo humano. Quando você nascesse, o hospital coletaria algumas dessas células – que poderiam ser manipuladas, décadas depois, para se transformar em órgãos.
Quanto vale o show
Preços alcançados por alguns órgãos no mercado negro; e o que aconteceria com a liberação
Fígado - Podem ser doados em vida
R$ 175 mil
É possível doar até metade, pois o órgão se regenera. Mas, após a operação, você terá de maneirar na bebida.
Rim - Podem ser doados em vida
R$ 110 mil
Como dá para viver com apenas um rim e a operação é segura, o mercado de doação iria bombar.
Medula óssea - Podem ser doados em vida
R$ 122 mil
Mina de ouro, pois dá para doar várias vezes. Basta ter coragem para levar uma agulhada na bacia.
Córnea - Só podem ser doados por mortos
R$ 52 mil
Vale menos que os outros órgãos, mas também dá um “caldo” – pois quase sempre pode ser aproveitada.
Coração - Só podem ser doados por mortos
R$ 226 mil
Cada vez mais jovens morrem no Brasil – então provavelmente sobrariam corações para transplantes.
Pulmão - Só podem ser doados por mortos
R$ 261 mil
Com a queda no número de fumantes, há um suprimento cada vez maior de pulmões fresquinhos.
Topa fazer negócio?
Veja como a coisa iria funcionar
Os preços mudariam?
Sim: cairiam muito. Gary Becker afirma que, como seria mais fácil conseguir órgãos, o preço de um rim cairia para US$ 15 mil – quase 80% a menos do que os valores hoje praticados pelas máfias de órgãos (veja no infográfico). No Irã, onde a venda é legal, um rim custa só R$ 6 mil. Mas existe o perigo de que os pobres vendam seus órgãos em situações aviltantes – para sobreviver, pagar dívidas ou deixar uma herança.
Quem poderia vender?
O economista Julio Jorge Elias, co-autor do estudo que defende o comércio, sugere regras. Antes de vender um rim, por exemplo, o doador teria de passar por avaliações médicas e esperar dois meses. E teria suas despesas médicas pagas pelo comprador. Mas a maioria das doações continuaria vindo de gente morta – segundo estatísticas dos EUA, cada cadáver doador rende em média 2,7 órgãos (contra 1 por doador vivo).
Quem iria controlar?
Alguém precisaria atuar como “bolsa de órgãos”, coordenando oferta e demanda, juntando doadores e pacientes compatíveis e barrando órgãos infectados. O Canadá já testa uma versão desse sistema, mas sem dinheiro no meio. É um escambo: se você precisa de um rim e arranja um doador, mas ele não é compatível com você, pode “trocar” o órgão dessa pessoa pelo de outra.
E os ladrões de órgãos?
“O livre comércio inibiria o mercado negro”, diz Becker. Afinal, por que correr riscos se dá para fazer tudo dentro da lei? Mas continuariam a existir possibilidades perigosas. Regimes totalitários poderiam confiscar órgãos de prisioneiros. E haveria questões familiares. “Será que pessoas gananciosas matariam um parente para pegar os órgãos?”, pergunta o economista Robert Stonebraker, da Universidade de Winthrop (EUA).
Fonte Bloody Harvest - Revised Report Into Allegations of Organ Harvesting of Falun Gong Practitioners in China, David Matas e David Kilgour, Canadá, 2007.

O QUE DIZ O MODELO PIRÂMIDE

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Esquerdismo.
Esquerda.
Centro.
Direita.
Direitismo.
2,5 % e aderentes.
Média sadia.
2,5 % e aderentes.
Doença mental.
Doença mental.
Estatismo, superafirmação do Estado.
Privatismo, superafirmação do privado.

Cada lado, quando quer, superafirma, super-afirma só o seu lado, sem os contraexemplos. No caso, o Constantino só fala do lado bom da privatização, o ato permanente de privatizar.

PRIVATIZADORES (a missão dos oito anos do PSDB e dos 13 anos do PT: liquidação do Brasil em favor dos poderosos e dos banqueiros)

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http://i0.wp.com/www.implicante.org/wp-content/uploads/2014/07/dilma.jpg
FHCB ficou feliz em entregar o que não era dele e os que receberam a preço de banana podre, mais ainda.
Lularápio e Dilmaluca bombardearam o que restou: PETROBRAS, CEF, BB e BNDES. Era a missão deles.

É claro, Constantino fica esfuziante em advogar a causa e vencer os ignorantes, os outros todos que não concordam e também não podem contestar em seu livro.

Não li tanto assim, mas depois do Modelo Pirâmide desconfio das abordagens unilaterais, sabendo que tudo é 50/50: NUNCA li abordagem equilibrada que mostre as informações tanto de um lado quanto de outro para podermos chegar a juízo fundamentado.

Vitória, terça-feira, 21 de junho de 2016.

GAVA.

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