quarta-feira, 15 de junho de 2016


Soljenitsyn

 

Quando ele publicou seu livro, Arquipélago Gulag, comprei e não li, fiquei com raiva dele porque pensei que minava a boa obra do socialismo – acreditei nas propagandas dos pseudo-comunistas e pseudo-socialistas safados e mentirosos, acreditei nos petistas inicialmente. Como fui sempre a favor dos trabalhadores e dos operários, tudo que se colocava em oposição a eles eu detestava, não podia imaginar que mentiam aqueles lá.

ELE E OS LIVROS DELE (só muito recentemente, num livro d’outro autor fui atinar que era boa pessoa, inclusive religiosa)

Alexander Soljenítsin
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Alexander Issaiévich Soljenítsin (em russo: Александр Исаевич Солженицын; Kislovodsk, 11 de Dezembro de 1918Moscovo, 3 de Agosto de 2008) foi um romancista, dramaturgo e historiador russo cujas obras consciencializaram o mundo quanto aos gulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União Soviética. Recebeu o Nobel de Literatura de 1970.[1] A sua postura crítica sobre o que considerava o esmagamento da liberdade individual pelo Estado omnipresente e totalitário implicou a expulsão do autor do país natal e a retirada da respectiva nacionalidade em 1974.[2]
Foi um gigante da história russa e um enorme escritor. Era na juventude um marxista-leninista convicto. Mas se mostrou nacionalista e monarquista, queria restaurar a Mãe Rússia em todo o seu esplendor mítico, considerava a democracia uma péssima forma de governo; admirava Franco e Pinochet e só em Putin julgou ter encontrado um chefe à altura para governar a Rússia.[3]
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Contudo, não gosto nem um pouco de Franco ou de Pinochet, ou de Putin, detesto-os todos.

Deveriam reeditar os livros dele, existiram muitos arquipélagos Gulag no mundo; e nós, brasileiros, precisamos aprender sobre resistência com quem a viveu, não apenas ele.

Errei, acreditei nos maus que se diziam bons.

Acreditei também em Sarney, acredito em todo mundo.

Fiquei em débito.

Vitória, quarta-feira, 15 de junho de 2016.

GAVA.

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