Páriasitas
Não pensei que fossem tantos mamando nas
tetas governamentais-estatais quanto esses escândalos da Dilmaluca mostraram.
Depois que no Facebook eu disse que os
artistas são párias, fiquei pensando se eram mesmo. Bem, o MP Modelo Pirâmide diz que em condições normais metade não é, só
metade pode ser, 50/50; mas sob licenciosidade até 97,5 % pode trilhar o
caminho largo e passar pela porta larga.
Esses 50 % de vagões, os oportunistas
superafirmadores da oportunidade, realmente podem viver à larga, sem qualquer
consciência, justificando-se racionalmente que estão fazendo pelo bem do país.
São parasitas.
São párias.
São páriasitas, párias-parasitas.
Trabalham alguma coisa, como os jogadores que
jogam quarta e domingo e no resto passeiam e gastam o dinheiro do povo. Alguém
com muito cuidado deve fazer um livro contando tudinho, em miúdos.
É de arrepiar.
Vitória, domingo, 05 de junho de 2016.
GAVA.
LEI
ROUANET
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Lei Rouanet 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de
  dezembro de 1991), sancionada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello é a
  lei que institui políticas públicas para a cultura nacional, como o PRONAC -
  Pr. Essa lei é conhecida também por Lei Rouanet (em homenagem a Sérgio Paulo Rouanet, secretário de cultura
  de quando a lei foi criada). 
As diretrizes para a cultura nacional foram estabelecidas nos
  primeiros artigos, e sua base é a promoção, proteção e valorização das
  expressões culturais nacionais. 
O grande destaque da Lei Rouanet é a política de incentivos fiscais
  que possibilita empresas (pessoas jurídicas) e cidadãos (pessoa física)
  aplicarem uma parte do IR (imposto de renda) devido em ações culturais. 
O percentual disponível de 6% do IRPF para pessoas físicas e 4% de
  IRPJ para pessoas jurídicas, ainda que relativamente pequeno permitiu que em
  2008 fossem investidos em cultura, segundo o MinC (Ministério da Cultura)
  mais de R$ 1 bilhão. 
Para que um projeto seja aprovado uma proposta deve ser cadastrada
  junto ao MinC. A proposta passa por um exame de admissibilidade, que diz
  respeito à viabilidade técnica da atividade a ser realizada. Uma vez que a
  proposta seja aprovada, ela se transformará em um projeto (com um número de
  Pronac). O projeto, por sua vez, precisa ser aprovado por uma das únidades
  técnicas vinculadas ao MinC. Após o parecer do MinC, o projeto ainda é
  submetido à CNIC que irá aprová-lo ou indeferi-lo.[1] 
A lei surgiu para educar as empresas e cidadãos a investirem em
  cultura, e inicialmente daria incentivos fiscais, pois com o benefício no
  recolhimento do imposto a iniciativa privada se sentiria estimulada a
  patrocinar eventos culturais, uma vez que o patrocínio além de fomentar a
  cultura, valoriza a marca das empresas junto ao público. 
No entanto, há críticas à lei. A crítica principal inclui a
  possibilidade de fundos serem desviados inapropriadamente[2] [3] .
  Críticas secundárias afirmam que o governo, ao invés de investir diretamente
  em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma
  de cultura merecia ser patrocinada. 
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Spotniks 
Os
  12 projetos mais bizarros aprovados pela Lei Rouanet
Criada
  durante o governo Collor, a Lei Federal de Incentivo à Cultura, que mais
  tarde ficaria conhecida pelo nome do Secretário da Cultura à época, Sérgio
  Paulo Rouanet, é o principal mecanismo de financiamento e incentivo à cultura
  do país. 
Através de renúncia fiscal, empresas públicas e privadas e
  pessoas físicas podem patrocinar projetos culturais e receberem o valor em
  forma de desconto no imposto de renda. Ou seja, os cofres públicos deixam de
  receber parte daquele dinheiro em troca de um patrocínio cultural, uma forma
  de “terceirizar” um repasse de recursos federais. 
Para que uma pessoa ou empresa possa doar, no entanto, o
  projeto visado precisa antes ser aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC).
  E é nesse ponto que as coisas se perdem entre diversos casos estranhos de
  aprovação de valores astronômicos para projetos pífios ou de repasses que
  acabam sendo uma forma de bancar patrocínio privado com dinheiro público. Ou
  de projetos de grande porte que teoricamente não precisariam do auxílio,
  aprovados pelo Ministério. 
Não por acaso, no primeiro governo
  Dilma, 3% das propostas levaram 50% dos incentivos, um cenário que só
  contribui para a concentração cultural do país, enquanto pouco incentiva
  projetos menores. 
Se o atual modelo possui falhas, as alternativas não são
  lá muito convincentes. 
O atual Ministro da Cultura, Juca Ferreira, acredita que a
  Lei é “o ovo da serpente neoliberal” por permitir a renúncia fiscal total dos valores destinados à
  cultura e defende que esse valor diminua para 80% – algo que desestimularia
  as doações, já que outros mecanismos legais permitem renúncias de até 125%
  para outros projetos específicos. 
Apesar da solução proposta, o maior problema – as
  aprovações descabidas – continua. Não só aprovações, como também reprovações,
  especialmente por motivos políticos: em 2014, o MinC recusou um projeto de um
  documentário sobre o ex-governador paulista tucano Mário Covas, por conta do
  ano eleitoral. Mesmo assim, em 2006, outro ano eleitoral, dois projetos sobre
  Leonel Brizola foram aprovados. E o pior: ambos receberam uma verba
  milionária de estatais. 
Diante de tantos problemas, listamos aqui 12 casos de
  aprovações, no mínimo, bizarras da Lei Rouanet. A lista conta com patrocínios
  para artistas renomados, eventos de luxo e até um caso de aprovação sem conhecimento
  do artista. 
1) O Vilão da República – R$ 1,5
  milhão
Produção: Tangerina Entretenimento Ltda. 
Valor aprovado: R$ 1.526.536,35 
Tipo: Filme 
Ano: 2013 
“O Vilão da República” é um documentário que contará a
  história e a vida de José Dirceu, desde sua
  participação em movimentos guerrilheiros, passando por sua história pela via
  partidária até a sua condenação a 10 anos e 10 meses de cadeia por
  corrupção, em 2012. 
O alto valor aprovado para a captação de recursos pelo Ministério, porém, ficou só no papel: o projeto não recebeu
  apoio de nenhuma empresa. 
2) DVD de MC Guimê – R$ 516 mil
Produção: Máximo Produtora Editora e
  Gravadora Ltda 
Valor aprovado: R$ 516.550,00 
Tipo: DVD musical 
Ano: 2015 
O funkeiro MC Guimê, apesar de faturar, segundo
  estimativas, R$ 300 mil por mês, foi autorizado a captar R$ 516 mil para a produção de um DVD, que será
  gravado durante um show na cidade de São Paulo. A filmagem será distribuída
  em 3 mil discos, dos quais 80% serão vendidos pelo preço de R$ 29. Da
  apresentação musical, 40% dos ingressos serão distribuídos gratuitamente, 40%
  serão vendidos pelo preço de R$ 50 e o restante será divido entre os
  patrocinadores e a população de baixa renda. 
3) O Mundo Precisa de Poesia – R$ 1,3
  milhão
Produção: Maria Bethânia 
Valor aprovado 1.356.858,00 
Tipo: Blog 
Ano: 2011 
Possivelmente um dos blogs mais caros do mundo, “O Mundo
  Precisa de Poesia” tinha a intenção de levar diariamente uma nova poesia,
  lida em vídeo, por Maria Bethânia durante um ano. Para a execução desse
  projeto, o Ministério da Cultura aprovou a captação de até R$ 1,35 milhão em verbas através da Lei Rouanet, mas
  após as críticas, a cantora desistiu da produção. 
4) Turnê Luan Santana: Nosso Tempo é
  Hoje Parte II – R$ 4,1 milhões
Produção: L S Music Produções
  Artísticas Ltda. (Luan Santana) 
Valor aprovado: R$ 4.143.325,00 
Tipo: Shows ao vivo 
Ano: 2014 
Apesar da Lei Rouanet ter sido criada com o intuito de
  auxiliar artistas menores com pouca visibilidade, na prática as coisas
  funcionam um pouco diferente. 
Em 2014, o Ministério da Cultura aprovou um incentivo de 4,1 milhões para a realização de uma turnê de Luan Santana em diversas
  cidades do país, dos 4,6 milhões solicitados pela equipe do cantor. Entre as
  justificativas para aprovação, o Ministério alegou “democratizar a cultura” e
  “difundir raiz sertaneja pela música romântica”. 
5) Turnê Detonautas – R$ 1 milhão
Produção: Detonautas Roque Clube 
Valor aprovado: R$ 1.086.214,40 
Tipo: Shows ao vivo 
Ano: 2013 
Assim como Luan Santana, o grupo Detonautas Roque Clube,
  liderado por Tico Santa Cruz, é outro artista famoso na lista. A aprovação do
  Ministério da Cultura foi para a captação de 1 milhão de reais em recursos, para a realização de uma turnê em 25 cidades do
  país. 
Em meio a polêmicas por conta do valor destinado a uma
  banda reconhecida nacionalmente, o projeto não chegou a captar nenhum valor
  de fato. 
6) Shows Cláudia Leitte – R$ 5,8
  milhões
Produção: Produtora Ciel LTDA 
Valor aprovado: R$ 5.883.100,00 
Tipo: Shows ao vivo 
Ano: 2013 
Outro famoso autorizado a captar recursos pelo Mecenato do
  Ministério da Cultura, Cláudia Leitte foi aprovada para captar quase R$ 6
  milhões pelo programa para a realização de 12 shows em cidades das regiões
  Norte, Nordeste e Centro-Oeste em 2013. Em meio a críticas, a cantora acabou
  recebendo “somente” 1,2 milhão de reais em apoio. 
E os escândalos em torno desse projeto não assustam só
  pelos valores: segundo o jornal O Dia relatou na época, a produtora Ciel
  possuía diversas dívidas, assim como outras empresas da cantora, que teria
  montado um esquema com diversos CNPJs para conseguir a aprovação do MinC para
  a captação de verbas. 
7) Filme Brizola, Tempos de Luta e
  exposição Um brasileiro chamado Brizola – R$ 1,9 milhão
Produção: Extensão Comunicação e
  Marketing Ltda 
Valor aprovado: R$ 1.886.800,38 
Tipo: Exposição e Filme 
Ano: 2006 
Ao mesmo tempo que negou o patrocínio ao filme sobre Mário
  Covas, citado no início do texto, por motivos de proximidade das eleições, o
  Ministério da Cultura aprovou, em 2006, ano de eleição, dois projetos sobre a
  vida de Leonel Brizola, histórico militante do PTB, conduzidos pela Extensão
  Comunicação e Marketing, que somam 1,88 milhão de reais. 
Desse valor, “somente” R$ 1.052.100 foram efetivamente
  captados. Entre as empresas que apoiaram financeiramente o projeto estão as
  estatais Petrobras (R$ 592 mil), Eletrobras (R$ 300 mil) e CEEE (R$ 50 mil). 
8) Peppa Pig – R$ 1,7 milhão
Produção: Exim Character
  Licenciamento e Marketing Ltda 
Valor aprovado: R$ 1.772.320,00 
Tipo: Teatro infantil 
Ano: 2014 
Até mesmo a porquinha britânica está na lista dos
  aprovados para captar recursos da lei. Mesmo sendo personagem de um dos
  desenhos mais famosos da TV por assinatura, o espetáculo “Peppa Pig” foi
  autorizado pelo Ministério da Cultura a captar quase 1,8 milhão de reais em recursos. E
  não pense que é uma obra de caridade: segundo a ficha apresentada pelos
  produtores, apenas 10% dos ingressos serão distribuídos gratuitamente. 
9) Concertos aprovados sem o
  conhecimento do maestro João Carlos Martins: R$ 25 milhões
Produção: Rannavi Projeto e Marketing
  Cultural 
Valor aprovado: R$ 25.319.712,98 
Tipo: Concerto musical 
Ano: 2013 
Já pensou ser aprovado para receber mais de 25 milhões de
  reais sem precisar mover um dedo para isso? Foi o que aconteceu com o maestro
  João Carlos Martins, em 2013. 
Em novembro daquele ano, dois projetos envolvendo o músico
  foram aprovados para captarem um valor total de R$ 25,3 milhões pelo
  Ministério da Cultura. A Folha de São Paulo percebeu a aprovação e entrou em
  contato com o músico para saber maiores detalhes das apresentações. Foi só
  então que maestro descobriu que tinha sido aprovado para uma captação de
  recursos através da Lei Rouanet, a qual ele não havia solicitado. 
  
  
  
  Diante da situação embaraçosa, o maestro solicitou o
  cancelamento da captação de recursos junto ao órgão. Mais tarde, investigações mostraram que a empresa
  solicitante, Rannavi Projeto e Marketing Cultural, havia feito o pedido sem o
  consentimento do maestro. A empresa também possuía dados duvidosos e não
  havia repassado documentos que comprovassem a sua relação com os projetos do
  maestro e com outros dois projetos solicitados ao MinC. 
10) Painel Artístico Club A São Paulo
  – R$ 5,7 milhões
Produção: ZKT Restaurante, Bar,
  Teatro, Buffet e Eventos Ltda (Club A) 
Valor aprovado: R$ 5.714.399,96 
Tipo: Música “Popular” 
Ano: 2013 
Outra bizarrice aprovada em 2013 pelo Ministério da
  Cultura, conforme noticia a Veja SP: 5,7 milhões de reais para a
  realização de “um painel artístico de difusão cultural nos segmentos da
  música, dança e artes cênicas” no Club A, em São Paulo. O clube da elite
  paulistana, que tem como ex-sócio Amaury Jr., faria uma lista com pessoas
  selecionadas para participar do evento. Quem não tivesse o nome na lista
  precisaria pagar R$ 160 para entrar. 
Ironicamente, o projeto caríssimo e requintado da casa foi
  aprovado no segmento “Música Popular” para captar até 5,7 milhões de reais
  para a realização do painel, mas nenhum valor foi de fato captado pelos
  organizadores. 
11) Shrek, O Musical e Turnê – R$
  17,8 milhões
Produção: Kabuki Produções Artísticas
  Ltda 
Valor aprovado: R$ 17.878.740,00 
Tipo: Teatro 
Ano: 2011 e 2012 
A produção acima custou R$ 11,3 milhões – a captação de
  recursos não atingiu o limite aprovado. Se a foto já deixa algumas dúvidas
  sobre a recepção da peça pelo público, a crítica especializada confirma
  algumas expectativas: o espetáculo recebeu a nota mínima, 1 de 5, na Veja SP. 
E, apesar do aporte multimilionário, os ingressos para a
  peça do ogro não saíram de graça, chegando a custar R$ 180 por pessoa. 
12) Cirque Du Soleil – R$ 9,4 milhões
Produção: T4F Entretenimento S.A 
Valor aprovado: R$ 9.400.450,00 
Tipo: Teatro 
Ano: 2005 
Durante sua passagem pelo Brasil em 2005, o canadense Cirque Du Soleil, maior produtor teatral do mundo, foi aprovado para captar até R$ 9,4 milhões em recursos através da Rouanet. O valor foi quase totalmente
  captado e recebeu aporte de empresas como Bradesco e Gol, que depois puderam
  solicitar o valor como desconto no pagamento de impostos, segundo o
  funcionamento da Lei. 
O problema: estas empresas também fizeram marketing e
  colocaram sua marca nos kits de divulgação do evento e em algumas partes do
  espetáculo. O valor aprovado pelo MinC também é questionável quando levado em
  conta o preço dos ingressos, que chegavam a custar mais que o salário-mínimo
  da época. 
No final, o seu dinheiro foi indiretamente utilizado para
  financiar um patrocínio privado e um dos espetáculos circenses mais caros do
  mundo. Que você também teria que pagar, caso quisesse assistir. 
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