Mas
Que Droga!
Procurar os consumidores, não os vendedores.
Fico vendo essa coisa de “guerra contra as
drogas”, com as chamadas “autoridades” (boto aspas porque a autoridade é
somente da Lei geral) perdendo de lavada. Acho que a essas alturas dos
acontecimentos deve até haver seguro das cargas perdidas.
Os cartéis não só acumulam bilhões de dólares
e de euros como (é da dialógica de tudo) devem estar investindo os lucros
lavados através de empresas de fachada em todo tipo de negócio legal, por
exemplo, armas e toda a Economia (agropecuária-extrativismo, indústrias,
comércio, serviços e bancos). Com certeza investirão em propaganda (como devem
estar fazendo nesses filmes de recuperação do daninho e demoníaco Pablo
Escobar, comprando artistas e produtoras cinematográficas).
Os governos atacam as rotas, atacam os
traficantes e o tráfico só faz prosperar, porque existe charme para os jovens,
já que 50 % de todos se interessam pela guerra e as gangues são grupos, estão
na lista das pessoas. Evidentemente os diplomatas, gente da polícia, artistas e
outros na lista real de drogados fornecem as armas pesadas, inclusive gente das
forças armadas.
Os bandidos não têm nada a perder, tem a
ganhar (fama entre as meninas, riqueza, compra de apartamentos, viagens,
frisson, respeito entre os pares e por aí vai, até eventualmente vender roteiro
para Hellwood).
É preciso pegar os que têm algo a perder,
como sejam o nome social, as ligações com o coletivo em razão da má fama, os
empregos, os ganhos econômicos-sociais. Quando os artistas estiverem expostos
na mídia (Revista, TV, Jornal, Livro-Editoria, Internet, Cinema, Rádio) ou
ameaçados de sê-lo, aí pararão.
Se não houver quem compre não haverá quem
venda.
Há que ameaçar a chegada, não a partida.
Se não houver quem venda a demanda de
plantações na Bolívia, na Turquia, no Afeganistão e em outros lugares cessará
da noite para o dia.
Focar no ponto de consumo, não na
distribuição e na produção.
Não dou 10 anos para os cartéis serem todos
liquidados.
Vitória, segunda-feira, 23 de maio de 2016.
GAVA.
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